PARÓQUIA DE SANTO ANDRÉ DE SOBRADO


Datará de 1077 a mais recuada menção documental a Santo André de Sobrado então conhecido ainda por "sancto andre de ferraria" (Domingos Moreira). Torna-se difícil provar definitivamente se o termo "Ferreira" correponde exclusivamente à presença do rio assim designado ou se à de uma remota "ferraria" - oficina de produção de ferro.
A expressão"freeguesya de sancto Andre da Ribeyra" surge pela primeira vez em 1308. Seja como for esta freguesia conservaria ainda o multisecular orago a Santo André pelos meados do século XIII, altura em que apareceu inventariada no chamado "Rol das Igrejas do Rei" ("Sanctus Andreas de Sobrado" é a grafia registada) e nas Inquirições de D. Afonso III (1258).
Integrava então a vasta "Terra" e depois Julgado de Aguiar de Sousa. A documentação comprova como principal senhor local D. Gil Martins. Para além de diversos casais honrados teria o mesmo prócer uma parte substancial do padroado da igreja paroquial de Santo André. Até à abolição do direito de padroado (ou apresentação do pároco) andou este sempre em mão de particulares pertencendo em finais do século XVIII à família Baldaia de Tovar (e daí passando a seus descendentes, os viscondes de Beire). Como as demais freguesias valonguenses, Santo André de Sobrado viria a fazer parte, em 1836, do então formado Concelho de Valongo.
Hoje em dia a Paróquia de Santo André de Sobrado continua revestida da nobreza de outros tempos, mas sem esquecer a contemporaneidade de um mundo em mudança. Cresceu, à semelhança da Freguesia onde está integrada, mas nunca se distanciou da sua identidade e permanece como farol numa sociedade que tantas vezes perde o norte. Sempre igual a si própria esta Paróquia não se distanciou do povo do Sobrado, antes pelo contrário tem criado meios e infra-estruturas que melhor servem a comunidade onde a Paróquia está inserida. Os inúmeros grupos e serviços que lhe estão associados fazem desta instituição uma das pedras basilares sobre as quais a Freguesia está alicerçada.
Apresentação